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Moisés teve aquele poder durante todo o seu tempo está afirmado com evidência nas Escrituras. Primeiro, no
texto há pouco citado, porque o povo prometeu obediência a ele e não a Aarão. Segundo, (Êx 24,1 s) E Deus
disse a Moisés: Vem até ao Senhor, tu e Aarão, Nadab e Abihu e setenta dos anciãos de Israel. E só Moisés
chegará perto do Senhor, mas eles não chegarão perto, nem o povo subirá com ele. Pelo que fica claro que
Moisés, que foi chamado sozinho até Deus (e não Aarão, nem os outros sacerdotes nem os setenta anciãos,
nem o povo a quem foi proibido subir), era o único que representava para os israelitas a pessoa de Deus, isto
é, era seu único soberano sob Deus. E embora depois seja dito (versículo 9): Então subiram Moisés, e Aarâo,
Nadaó e Abihu, e setenta dos anciãos de Israel, e viram o Deus de Israel, e havia sob seus pés algo que se
assemelhava a um pavimento de pedra safira, ete., contudo isto só foi depois de Moisés ter estado antes com
Deus e de ter trazido para o povo as palavras que Deus lhe dissera. Só ele foi para tratar dos negócios do
povo; aos outros, como aos nobres de seu séquito, foi admitida como honra aquela graça especial, que não foi
concedida ao povo, a qual foi (como se vê pelo versículo seguinte), ver Deus e viver. Deus não pós sua mão
sobre eles, viram Deus e comeram e beberam (isto é, viveram), mas não transmitiram nenhuma ordem dele
para o povo. Também é dito em toda parte 0 Senhor falou a Moisés, como em todas as outras ocasiões de
governo; assim também na ordenação das cerimônias de religião contidas nos capítulos 25, 26, 27, 28, 29, 30,
e 31 do Êxodo e em todo o Levítico; a Aarão raras vezes. 0 bezerro que Aarão fez foi lançado por Moisés no
fogo. Finalmente a questão da autoridade de Aarão, por ocasião de seu motim e de Míriam contra Moisés, foi
(Números 12) julgada pelo próprio Deus em vez de Moisés. Assim como na questão entre Moisés e o povo,
quem tinha o direito de governar o povo, quando Corah, Dathan e Abiram e duzentos e cinqüenta príncipes da
assembléia se reuniram (Núm 16,3) contra Moisés e contra Aarão, e lhes disseram: vós tomais demasiado
sobre vós mesmos, dado que toda a congregação é sagrada, cada um deles, e o Senhor está entre eles, por que
vos elevais acima da congregação do Senhor?, Deus fez que a terra engulisse vivos Corah, Dathan e Abiram
com suas mulheres e crianças, e consumiu aqueles e cinqüenta príncipes pelo fogo. Portanto, nem Aarão, nem
o povo, nem qualquer aristocracia dos maiores príncipes do povo, mas só Moisés teve depois de Deus a
sabedoria sobre os israelitas. E isto não apenas em questões de política civil, mas também de religião. Pois só
Moisés falou com Deus, e portanto só ele podia dizer ao povo o que Deus exigia de suas mãos. Ninguém sob
pena de morte podia ser tão presunçoso que se aproximasse da montanha onde Deus falou com Moisés.
Colocarás limites (disse o Senhor, Êx 19,12) ao povo à tua volta e dirás: Tenham cautela convosco para que
não subam a montanha ou toquem sua fronteira; aquele que tocar a montanha será certamente condenado à
morte. E também (versículo 21): Desce, exorta o povo a que não irrompa para contemplar o Senhor. Do que
podemos concluir que todo aquele que num Estado cristão ocupar o lugar de Moisés, é o único mensageiro de
Deus e o intérprete de suas ordens. E de acordo com isto, ninguém devia, segundo a interpretação da
Escritura, ir além dos limites que são colocados por seus vários soberanos. Pois as Escrituras, dado que Deus
agora fala nelas, são o monte Sinai, cujos limites são as leis daqueles que representam a pessoa de Deus sobre
a terra. Olhar para elas e ali contemplar as maravilhosas obras de Deus, e aprender a temê-lo é permitido, mas
interpretá-las, isto é, espiar aquilo que Deus disse àquele que ele designou para governar em seu nome, e
tornar-se juiz de se ele governa como Deus lhe ordenou, ou não, é transgredir os limites que Deus nos
estabeleceu e olhar para Deus de maneira irreverente.
No tempo de Moisés não houve nenhum profeta nem nenhum pretendente ao espírito de Deus senão
aqueles que Moisés tinha aprovado e autorizado. Pois havia em seu tempo só setenta homens que podem ser
considerados profetas pelo Espírito de Deus, e estes eram todos da escolha de Moisés, a respeito dos quais
Deus disse a Moisés (Núm 11,16): Reúne-me setenta dos anciãos de Israel, que souberes serem os anciãos do
povo. A estes Deus concedeu seu espírito, mas não era um espírito diferente do de Moisés, pois disse
(versículo 25): Deus desceu numa nuvem, e tirou do espírito que estava sobre Moisés e deu-o aos setenta
anciãos. Mas como mostrei antes (capítulo 36) espírito significa entendimento, de tal modo que o sentido do
texto não é outro senão este: que Deus os dotou de um entendimento conforme e subordinado ao de Moisés,
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